De índios a povos indígenas: 523 de resistência!
O Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) do Ifes Viana realizou, durante as duas últimas semanas do mês de abril, ações para memorar o dia dos povos indígenas, celebrado no dia 19 deste mês. As atividades contaram com a criação de um mural produzido pelos alunos do Ensino Médio Integrado ao Técnico. Além disso, ocorreu a exibição de documentários como forma de promover o debate sobre a importância de reconhecer a diversidade desses povos e a legitimidade de suas lutas.
O mural contou com temas diversos relacionados à temática indígena. Enquanto a turma 1°A, orientada pelo professor Yan Siqueira, adaptou alguns mitos originários de diferentes povos indígenas para o formato de história em quadrinhos, a turma 2°A, com a orientação da professora Geisa Ribeiro, produziu cartazes com as temáticas “Índios ou indígenas? Desmistificando termos e valorizando identidades” e “Grupos indígenas no passado e no presente”. Orientada pelo professor Rafael Ferreira, o 2°B produziu cartazes temáticos com personalidades indígenas contemporâneas e a protagonista do romance “Iracema” de José de Alencar. Já as duas turmas de terceiro ano produziram cartazes com os temas “Resistências indígenas no Espírito Santo”; “Toponímias indígenas” e “Resistências indígenas e meio ambiente: inspiração para um mundo sustentável”. Por fim, feitos todos esses trabalhos, a professora Alba Janes os organizou em forma de um mural com o auxílio da turma 1°B.
Os documentários exibidos foram: "Guerra Sem Fim - Resistência e Luta do Povo Krenak" (2016) e "Povos Indígenas no Brasil" do Instituto Socioambiental (2023). O primeiro documentário trata da luta histórica e atual do povo Krenak por seus direitos, destacando a luta durante a Ditadura Militar. Por outro lado, o segundo documentário faz uma panorama recente das invasões realizadas pelos garimpeiros em território indígena. A partir disso, a produção cinematográfica do Instituto Socioambiental, além de chamar a atenção para o genocídio vivido por esses povos durante a pandemia do Coronavírus (Covid-19), também consegue dar visibilidade à resistência indigena em um dos períodos mais críticos de sua história recente, ocorrido entre 2016 (pós golpe) e 2022. É importante também destacar que os documentários privilegiam a fala dos próprios indígenas enquanto protagonistas de suas histórias de resistência.
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